A MÚSICA COMO INSTRUMENTO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA EM SALA DE AULA
É comum hoje em dia encontrarmos jovens reunidos em grupos, ou seja lá qual for a denominação, utilizando a música inglesa: rap, rock, funk, pop, etc. Elas fazem parte do entretenimento deles, mesmo que não tenham conhecimento pleno do que a letra fala. Mas o ritmo os impulsiona a se manifestarem de acordo com o que eles “acham” para o significado da música.
Muitos desses jovens estão na escola, e se é neste espaço que eles buscam aprender, então por que não nos utilizarmos do conhecimento prévio para um aprofundamento maior a partir de uma didática que se aproxime do imaginário dos alunos? Desta forma, a escola se alia a esse tipo de afinidade dentro do ensino da língua, pela Abordagem Comunicativa que tem orientado o trabalho em sala de aula.
Essa opção favorece o uso da língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e evidencia uma perspectiva utilitarista de ensino, na qual a língua é concebida como um sistema para a expressão do significado, num contexto interativo. Dizem ainda as Diretrizes Curriculares, que o ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Daí que colocamos a música bem estruturada na língua padrão, obedecendo aos tempos verbais e suas regras gramaticais. Isso é fundamental para nós professores, compreender o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
O aprendizado de uma língua estrangeira pode proporcionar uma consciência sobre o que seja a potencialidade desse conhecimento na interação humana. Ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e as suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade interpretativa e cognitiva. Quando fazemos o uso da música romântica ou de protesto, a tendência é acirrar os ânimos e exaurir uma melhor participação e interação da turma com o ensino da língua inglesa. Segundo eles, é como se estivessem participando de um show ou qualquer manifestação cultural dos países de língua inglesa. Ressalta-se, como requisito, a atenção para o modo como as possibilidades linguísticas definem os significados construídos nas interações sociais. Para os alunos da nossa escola, ao mesmo tempo que estudam inglês, ainda têm oportunidade de se deleitarem no sentimento romântico que a música traduz.
Nesse sentido, a música detém um potencial que favorece uma relação bem mais aceitável entre aluno-aluno-professor porque ela vem ao encontro do cotidiano que depois da sala de aula, estendem para fora da escola o seu círculo de amizade, e como a música é uma realidade que comporta um sentimento sem fronteiras, onde quer que estejam, estes alunos se lembrarão do ponto de referencia do seu aprendizado. Com isso a aula dada tem continuidade cada vez que um dos integrantes do círculo vier a ouvir ou tecer qualquer comentário sobre o assunto.
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